quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Diabolique

E então vem a sublimação de um todo. A percepção do que é, era e há de ser... Então seu desejo consome teu sono, o desejo daquilo que não pertence à tua alçada... Ignomínia há de ser portentosa e opróbrio te consome, levando toda a lascívia ladeira abaixo, num rio de eterna luxúria e torpor...
E aí, ocorre a obliteração: O desejo carnal se manifesta e se torna seu próprio senhor e servo, comendo a carne, dilacerando o espírito, sujeitando a dor e a agonia em troca de um impulso primitivo...
Há de moer a tristeza com um gole do lívido cálice de desprezo, sentindo-se o melhor dentre todos os mortais... Levanta a cabeça, e retorna à realidade: O inferno está entre nós... Somos nossas próprias deidades levianas, sem arrependimento, sem leis, sem causa... Devora a própria carne no âmago do ser, e finda a tua existência...

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