quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Macabre


Você quer abrir suas asas e voar
Sonhando com a borboleta rabo-de-andorinha
Seu casulo lhe caía bem, num devaneio...

Atingida pela chuva que caía, você não podia mais se mover
Você apenas aguardava para se tornar uma presa...minha boca se abre.

Você está prestes a voar
Tão próxima de desenvolver asas...
Ainda minha pupa adorável, você é agora uma adulta não é?

Você que amava as flores
Sugando o mel
Não repare em mim enquanto minhas presas se aproximam
Querida pupa
Você se farta com foie fras e escargot
Mostre-me suas asas sujas
Eu as sinto debatendo-se dentro de meu estômago.

Caída, repentinamente abalada, está destruída
Suas asas arrancadas
A pele de cobra lhe cai bem agora não acha?

Girando, você gira e é girada
Através da vida que se repete

Tranformando-se, você se tranforma e é transformada
Você se desfaz, exaltada, devemos nos tornar um?

Certamente você está nadando como uma sereia, em uma piscina de suco gástrico,
Certamente uma pupa se terá asas e se tornará borboleta...

Se for você, certamente eu permitirei,
Mesmo se você for um animal cruel...

Você esqueceu minhas pernas no chão.
Não as deixe lá daquele jeito...

Girando, você gira e é girada
Através da vida que se repete

Tranformando-se, você se tranforma e é transformada
Você se desfaz, exaltada, devemos nos tornar um?

Você esqueceu minhas pernas no chão.
Não as deixe lá daquele jeito...

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